Segurança

UFPel dará mais voz a sua comunidade

Local funcionará no prédio do Campus II da Universidade Católica, locado pela UFPel

Carlos Queiroz -

As mulheres e a comunidade LGBT terão mais voz dentro da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Ao menos é este o desejo do novo reitor ao criar o Núcleo de Gênero e Diversidade, sob o comando da professora da Escola Superior de Educação Física (Esef) Eliane Pardo, que terá três grandes missões: inserir a temática nos currículos, usar da comunicação para dar importância às minorias e criar uma ouvidoria para relatar casos de preconceito.

Conforme o reitor Pedro Curi Hallal, a criação do núcleo foi motivada pelos inúmeros casos de violência contra esses grupos, registrados dentro dos campi da UFPel, e a falta de respostas consistentes da universidade. “Os grupos feministas, por exemplo, se posicionam mais rápido e mais organizados”, afirma ele, que pretende naturalizar as discussões de gênero, colocando o assunto de forma ativa na pauta acadêmica.

O núcleo funcionará dentro da Coordenadoria de Inclusão e Diversidade - no prédio do Campus II da Universidade Católica, locado pela UFPel - e para comandar as ações a escolhida foi a professora Eliane Pardo, que há algum tempo aborda os movimentos das mulheres em seus estudos, e dentro da Esef. Ela começa destacando a importância da criação desse novo braço da UFPel, pois questões de gênero e raça são dois assuntos muito importantes, mas cada um com suas particularidades, por isso a necessidade de trabalhá-los individualmente.

Enquanto aguarda a portaria de anúncio da criação do núcleo, Eliane já estrutura os eixos principais de atuação, junto à Reitoria. O primeiro será a curricularização do tema, com disciplinas transversais que deverão ser disponibilizadas nos cursos. O segundo é o trabalho direto com a equipe de comunicação, na criação de campanhas e eventos que gerem o debate e a reflexão. O último é a formação de uma ouvidoria, para que estudantes e servidores sintam-se à vontade na hora de denunciar casos de preconceito, assédio e violência.

“Queremos uma universidade de vanguarda”, afirma a professora, que pretende envolver a comunidade acadêmica, os movimentos atuantes dentro da UFPel - como o Observatório de Gênero e Diversidade - e os pelotenses em um trabalho conjunto de diagnóstico dos problemas e seus focos.

As representações municipais
Dentro do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher a notícia foi recebida com alegria. O grupo está muito satisfeito com esse olhar voltado à justiça social e à igualdade na UFPel, que vem para reforçar a Rede Mulher Pelotas, conta a coordenadora Diná Bandeira.

Para Associação LGBT de Pelotas esse é um passo que ajudará a vencer barreiras, e representa um avanço enorme, afirma Leonardo Krolow, que também é membro da Comissão de Diversidade Sexual da OAB Pelotas.

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